Atualmente, existe uma grande quantidade de satélites artificiais em órbita do nosso planeta, havendo ainda uma nítida tendência de acréscimo em razão das inúmeras vantagens que os satélites proporcionam, nos mais variados domínios da tecnologia. Os principais tipos são os satélites de comunicação, meteorológicos e de sensoriamento remoto. Alguns destes satélites são geoestacionários, ou seja, possuem órbita inserida no plano equatorial, com velocidade orbital aproximadamente igual à velocidade de rotação da Terra. Um importante grupo de satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto possui órbita polar ou quase polar, significando dizer que os planos das órbitas estão com inclinação de aproximadamente noventa graus com o plano equatorial. Receber sinais de satélites geoestacionários é tarefa relativamente simples uma vez que a antena receptora aponta sempre para a mesma região do espaço. Porém, no caso dos demais satélites, é necessário fazer com que a antena acompanhe suas passagens enquanto permanecerem visíveis da estação receptora em Terra. Este acompanhamento é conhecido como rastreamento do satélite. A construção de uma estação completa para receber sinais de satélites necessita então de: simulador do movimento orbital; sistema robótico para o rastreamento; antena receptora. O simulador utiliza as equações diferenciais da dinâmica orbital para prever quando o satélite entrará na região de visibilidade a partir da estação, prevendo ainda a trajetória espacial que o mesmo fará durante a sua passagem. Dessa trajetória deduzem-se as trajetórias de referência em termos de azimute e elevação, que vão para o módulo de controle da antena. O sistema robótico é dividido basicamente nos módulos mecânico e eletrônico. O módulo mecânico consiste na estrutura de suporte e movimentação da antena, incluindo atuadores do tipo moto-redutores, mancais de sustentação e antena (Fig. 5). O NuMA estará aprimorando o seu sistema SIMSAT, introduzindo melhoramentos no simulador e ainda, tornando o sistema apto a receber imagens em outros formatos de compactação de imagens.

simsat

Fig.5 Antena robotizada e uma imagem recebida do satélite NOOA17.